💣💥CASO GAEL - Mãe é investigada por morte de menino de 3 anos

O advogado André
França Barreto, que defendia o médico e vereador Jairo Souza Santos, o doutor
Jairinho, e a namorada dele, Monique Medeiros, presos em 8 de abril sob
acusação de serem responsáveis pela morte de Henry Borel, de 4 anos, filho de
Monique, anunciou nesta quarta-feira, 14, ter deixado o caso.
“No dia 12 de abril,
Monique constituiu um novo patrono”, diz nota divulgada pelo escritório de
advocacia de Barreto. A namorada de Jairinho passou a ser defendida por Thiago
Minagé, Hugo Novais e Thaise Mattar Assad.
Para “evitar conflitos
de interesse”, o escritório de Barreto deixou de representar o casal. O
rompimento foi consensual, segundo a nota. Ainda não foi divulgado quem será o
novo advogado de Jairinho.
A fisioterapeuta Thalita Fernandes Santos,
de 42 anos, irmã de Dr. Jairinho, contou à polícia, na quarta-feira
(14), que o irmão mudou de versão à medida que surgiam notícias sobre a morte
do menino Henry Borel. Segundo Thalita, primeiro
Jairinho falou a ela que o menino Henry Borel morreu
ao cair da cama.
Inicialmente, Jairinho
teria dito que Henry passou mal, mas mudou a versão com a divulgação dos laudos
técnicos da perícia. A fisioterapeuta relatou isso no depoimento à polícia:
"Que Jairinho lhe disse apenas que
Henry passou mal, eles levaram para o hospital e Henry faleceu; Que depois,
quando o conteúdo do laudo de exame de necropsia veio a público pela imprensa,
Jairinho lhe disse que acredita que tenha sido uma queda, porém reafirmou que
estava dormindo e que não sabe ao certo o que aconteceu; Que, perguntada se
indagou à Monique sobre a morte de Henry, bem como o que poderia tê-la
ocasionado, respondeu que não";
Thalita negou, no depoimento, que tenha
sido informada pela babá de Henry, Thayná Ferreira, que o irmão batia no menino.
Em seu depoimento, a
babá disse que contou à Thalita que a criança era agredida, mas que a irmã de
Jairinho a interrompeu: "Você não vai ser a juíza do caso do meu
irmão", disse Thayná à polícia contando o que ouviu da fisioterapeuta.
Segundo Thalita, em
nenhum momento, soube de relato de agressões praticadas por Jairinho contra
qualquer criança e nem que o irmão tenha ficado trancado com Henry em seu
quarto. Diferente do relato feito pela babá da criança, Thayná Ferreira.
Thalita disse ainda
que foi o advogado André França Barreto que pediu a ela para fazer contato a
Thayná e à empregada Leila Rosângela de Souza, a Rose, que trabalhava no
apartamento de Jairinho e de Monique Almeida, mãe de Henry.
Thalita fez
aniversário em 8 de março, mesmo dia em que Henry morreu. Segundo ela não houve
comemoração de aniversário.
A fisioterapeuta
afirmou que o irmão não tinha feito qualquer comentário sobre Henry mas Monique
havia contado que levava o filho ao psicólogo. Segundo ela, nunca houve nada de
anormal neste relacionamento.
Denúncias
de privilégios ao vereador Dr. Jairinho (sem partido) e à professora Monique
Medeiros enquanto estiveram no presídio José Frederico Marques, em Benfica,
zona norte do Rio, motivaram a saída do diretor e subdiretor da unidade.
Agentes
penitenciários relataram ao UOL, sob a condição de não serem identificados,
denúncias de regalias ao casal enquanto estiveram em Benfica —nas duas horas em
que permaneceram no presídio, eles puderam se despedir com beijo e abraço, e
Jairinho permaneceu todo o tempo na sala da direção, com direito a lanche..
Após
serem presos na quinta-feira (8) por suspeita de atrapalhar as investigações e
ameaçar testemunhas, mãe e padrasto do menino Henry Borel foram levados ao
presídio de Benfica, porta de entrada do sistema penitenciário na capital. A
saída de Ricardo Larrubia da Gama, então diretor da unidade, foi publicada em
boletim interno da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) de
segunda-feira (12) —o pedido de afastamento partiu do próprio Gama após as
denúncias das regalias, segundo a pasta. O subdiretor Felipe Veigo Pimentel
também deixou o presídio. Eles foram transferidos para o Instituto Penal
Cândido Mendes, no centro do Rio, onde estão trabalhando desde ontem.
A Seap
disse ter encaminhado imagens de câmeras de segurança da unidade ao MP-RJ
(Ministério Público do Rio) —o material não foi divulgado. Em nota, a
secretaria confirmou que o afastamento foi motivado por denúncias à imprensa e
disse não saber se uma sindicância será instalada para investigar o caso.
"A Seap informa que a direção do presídio Frederico Marques (...) foi
substituída, a pedido, após discordar das denúncias de supostos
privilégios."...
Café na
sala do diretor, denunciam agentes Policiais penais ouvidos pela reportagem
dizem ter visto Jairinho e Monique sendo recebidos na unidade pelo próprio
diretor, com o político permanecendo na sua sala —o que é irregular. Lá, ficou
a portas fechadas com o diretor. De acordo com relatos ao UOL, Jairinho dava
gargalhadas e conversava com o diretor no local. Os agentes contam ainda que o
próprio diretor ordenou a compra de pão, refrigerante e café. Os policiais
penais afirmam que a ação foi registrada pelas câmeras da unidade —as imagens
foram encaminhadas ao MP-RJ, de acordo com a Seap.
Jairinho
permaneceu o tempo inteiro na sala do diretor e só deixou o local para ir à
audiência de custódia —sem algemas e sem o uniforme da Seap—, segundo os
agentes. Os servidores contam ainda que Jairinho não passou pela revista de
praxe. Já Monique foi levada para uma sala de segurança, localizada no mesmo
corredor da sala da direção. Um episódio chamou a atenção dos guardas: durante
a revista corporal feita em Monique, uma agente perguntou informalmente o
motivo de ela não ter denunciado as agressões de Jairinho ao menino Henry.
Monique permaneceu em silêncio. Segundo os agentes, Jairinho agia com
naturalidade —falava alto e ria enquanto conversava com o diretor—, enquanto
Monique aparentava estar sob o efeito de medicamentos. Despedida com beijo e
abraço Antes de deixarem a unidade, Monique foi chamada até a sala do diretor,
onde se despediu de Jairinho com um abraço e um beijo —o que é proibido. De
acordo com os agentes, o diretor permaneceu do lado externo, supostamente para
dar privacidade ao casal.
O
episódio aconteceu, segundo contam os servidores, por volta das 15h30 de 8 de
abril, quando viram Monique no corredor que dá acesso à sala de diretor. O
contato entre o casal durou menos de um minuto, segundo o relato dos policiais
penais que presenciaram a cena. Conforme a denúncia, Jairinho e Monique sequer
foram levados para a carceragem da unidade, como é de praxe nesses casos. Por
volta das 16h, Jairinho foi transferido para o presídio Pedrolino Werling de
Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó. Já Monique foi
levada para o Instituto Penal Ismael Sireiro, em Niterói.
O casal
cumpre período de isolamento de 14 dias antes de ingressarem no sistema
prisional, protocolo adotado pela Seap desde o início da pandemia.
Fonte: Site
G1 e UOL notícias.
Adorei a Reportagem
ResponderExcluirNão sei como alguém ainda tem coragem de defender esse crápula
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