💣💥CASO GAEL - Mãe é investigada por morte de menino de 3 anos

O CASO MENINO
HENRY
ATUALIZAÇÕES
SOBRE O CASO
Polícia prende Dr. Jairinho e mãe de
Henry Borel por atrapalharem investigação e suspeita que morte se deu por
agressões
Menino
foi encontrado morto no apartamento em que o casal morava em 8 de março. Eles
afirmam que houve um acidente, mas laudos descartam a hipótese. Documento
indica que, semanas antes, Henry foi torturado por Jairinho, com conhecimento
da mãe.
A Polícia Civil do RJ prendeu nesta
quinta-feira (8), dentro das investigações da morte do menino Henry Borel, o vereador
carioca Dr. Jairinho (Solidariedade),
padrasto da criança, e a professora Monique Medeiros, mãe do garoto.
Henry foi encontrado morto no dia 8 de
março no apartamento em que Monique vivia com Jairinho. O casal foi preso por atrapalhar as investigações
e por ameaçar testemunhas para combinar versões.
Desde o dia 8 de março, os policiais ouviram
pelo menos 18
testemunhas e reuniram provas técnicas que descartaram
a hipótese de acidente — levantada pela própria mãe
da criança em seu termo de declaração na delegacia.
Serviram de elementos para embasar o
pedido de prisão do casal feito pelo delegado Henrique Damasceno, que comanda
as investigações, dois laudos periciais, de necropsia e de local — realizado em
três visitas ao apartamento 203 do bloco 1 do Condomínio Majestic, no Cidade
Jardim, na Barra da Tijuca, onde a criança estava quando morreu.
Também foram considerados elementos para
a prisão os dados extraídos dos telefones celulares do casal, apreendidos no último dia 26.
A polícia suspeita que Jairinho
tenha agredido a criança e que a mãe sabia.
Investigadores acreditam, ainda, que, semanas antes da morte, Henry foi torturado pelo vereador, também com
conhecimento da mãe.
Os mandados de prisão foram expedidos
nesta quarta-feira (7) pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. A prisão é
temporária, por 30 dias.
Jairinho e Monique não
deram declarações ao serem presos, em Bangu, nem quando chegaram à 16ª DP.
'SESSÃO DE TORTURA'
Policiais descobriram que, antes do fim
de semana da morte, Dr. Jairinho já agredia
o menino com chutes, rasteiras e golpes na cabeça.
Segundo a polícia,
Monique sabia disso
pelo menos desde fevereiro.
O vereador teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra o enteado em fevereiro.
Necropsia apontou ação violenta
A primeira importante prova que chegou às
mãos dos investigadores foi um laudo assinado pelo médico-legista Leonardo
Huber Tauil, feito após duas autópsias realizadas no
cadáver da criança, nos dias 8 e 9 de março.
No documento, o perito
do Instituto Médico-Legal (IML) descreve que a criança sofreu “múltiplos
hematomas no abdômen e nos membros superiores”, “infiltração hemorrágica” na
parte frontal, lateral e posterior da cabeça, apontou “grande quantidade de
sangue no abdômen", “contusão no rim” e “trauma com contusão pulmonar”.
A causa da morte foi
por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma
ação contundente [violenta]”.
“Quando a criança cai, não bate com todos
os lados ao mesmo tempo. Há lesões em muitas partes, em pontos diferentes da
cabeça. O que posso
afirmar é que esse menino não caiu da cama. São lesões
praticadas por instrumento contundente, aplicado de forma violenta. Feitas por
um adulto”, afirmou o médico-legista Júlio
Cury, ex-diretor do IML.
Reconstituição
afastou acidente
Além do laudo cadavérico, a Polícia Civil tem em mãos mais uma prova técnica que desmonta a tese de acidente. No último dia 1º de abril, investigadores e peritos do ICCE estiveram pela terceira vez no apartamento.
Casal
se mudou esta semana
Os investigadores passaram a acompanhar
os passos do casal há dois dias. Na noite desta quarta-feira, descobriram que
eles não dormiriam nas casas de seus familiares em Bangu, na Zona Oeste do Rio,
como vinha acontecendo desde a morte do menino, quando deixaram o condomínio na
Barra da Tijuca.
Jairinho saiu da casa do pai, o ex-deputado estadual Jairo dos Santos, o coronel Jairo, com um mochila e buscou a mulher na casa dos pais dela. Eles seguiram para uma outra casa na mesma região, onde passaram a noite.
Os
policiais descobriram ainda que, após o início das investigações, o casal
apagou conversas de seus telefones celulares. Suspeitam,
inclusive, que eles tenham trocado de aparelho.
A perícia do Instituto
de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) usou um software israelense, o Cellebrite Premium, comprado
pela Polícia Civil no último dia 31 de março, para recuperar o conteúdo.
Em relação a Monique, mãe de Henry, que
namorava o vereador desde 2020, os policiais levantaram informações sobre o
comportamento dela após a morte do filho que chamaram a atenção. Primeiro que
ela chegou a trocar de roupa duas vezes até escolher o melhor modelo, toda de
branco, para ir à delegacia.
Outra atitude de Monique fez os policiais estranharem. No dia seguinte ao enterro do menino Henry, a mãe dele passou a tarde no salão de beleza de um shopping na Barra da Tijuca. Três profissionais cuidaram dos pés, das mãos e do cabelo da professora, que pagou R$ 240 pelo serviço.
Perfil agressivo de Jairinho
O inquérito da 16ª DP ainda reuniu elementos
que mostram o perfil agressivo do vereador. Uma testemunha relatou na delegacia
que, durante seu relacionamento de dois anos com Jairinho, cerca de oito anos
atrás, ele agrediu várias vezes sua filha, que tinha 4 anos de idade na época.
A menina, hoje com 13 anos, ainda prestou
depoimento em outra investigação, aberta contra Dr. Jairinho na Delegacia da
Criança e do Adolescente Vítima (Dcav). Um psicólogo acompanhou o relato em que
a adolescente narrou uma série de agressões com chutes, prisões e até
afogamento na piscina.
Ana Carolina Netto, ex-mulher do
vereador, foi intimada e prestará depoimento nesta sexta-feira (9). Um registro
de ocorrência feito por ela e um laudo de exame de corpo de delito de 2014
narram agressões de Jairinho contra a ex.
Ela acabou desistindo de seguir com a
acusação e o Ministério Público arquivou o caso. Mas vizinhos ouvidos pela TV
Globo narram que as brigas eram frequentes. Após uma dessas noites de agressões,
a filha do casal, com 11 anos na época, chegou a fugir de casa.
RESUMO
Parabéns a toda equipe da 16ª DP do Rio de Janeiro, e parabéns a justiça que aceitou o pedido de prisões preventivas!!!
Fonte: Site G1
Caso absurdo que nenhum desfecho poderá ser chamado de justiça ... Nessas horas que entendo a existência do inferno 😔.
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